9/13/2021
DISCORDAR, DIVERGIR E DISCUTIR
No universo da comunicação há muitas facetas a serem exploradas e a prova disto são os livros e compêndios escritos sobre o tema. No que pese ser ela uma das atividades essenciais da vida (é impossível não comunicar e mesmo o silêncio é uma forma de comunicação), há algumas coisas que parece que erramos mais amiúde, gerando problemas relacionais.
Venho pensando em três facetas da comunicação que ainda não as vi explicitadas de forma objetiva e que, em um arroubo de pretensão, quero dar meus pitacos. São três aspectos que nos vemos envolvidos constantemente. Quando uma pessoa faz uma afirmação sobre algo, temos a possibilidade de concordar com o afirmado, concordar em parte com o enunciado ou rejeitar o que foi dito.
Ao não aceitar, tanto parcial como totalmente o enunciado pelo outro, tenho a opção de explicitar minha discordância. Ao fazê-lo devo usar a linguagem "eu" e só dizer que não concordo. Exemplos são: "eu não penso assim ..."; "eu tenho outra ideia sobre o assunto ..."; "minha experiência me faz entender o assunto de outra forma ..."; "eu não acredito que isto vá dar certo ..."; etc.
Perceba-se que se trata de uma enunciação da posição pessoal, sem refutar o que o outro está dizendo, sem apontar erros na posição assumida.
A segunda opção é divergir. Igual que a discordância, ela também emprega a linguagem "eu", mas vai além do enunciar a posição contrária. Quando se diverge, enuncia-se a própria posição e explicita-se o ponto ou pontos sobre ao quais você não concorda e dá as razões pela não aceitação do enunciado. Exemplos disto são: "eu não posso concordar com isto porque ....."; "a sua posição é interessante, mas eu não concordo com ela porque ela não contempla um aspecto fundamental que é ..."; "se eu concordar com o que você propõe estaria aceitando quebrar um valor ético muito valioso para mim porque ...".
Na divergência eu digo a razão da minha não anuência à posição assumida pelo interlocutor, sem, contudo, ofender, dizer que está errado, que se trata de um erro crasso. É um discursivo assertivo, calmo, sem ofensas, mas que deixa claro que discordo e em que pontos discordo.
Na discussão há a enunciação da discordância, a explicitação da divergência, mas se assume a atitude de mostrar que o outro está errado. Trava-se uma batalha pelo certo e pelo errado, onde, no mais das vezes, os dois saem perdendo. Li certa feita que "o fato de eu discordar de você não significa que um está certo e o outro errado". Sim, podemos os dois estar errados ou certos (dependendo do ângulo de análise e das variáveis analisadas). Em uma discussão, a premissa básica é que um está certo e o outro errado. Na gráfica onde trabalhei na minha infância havia um papel mal escrito pendurado na parede e que me marcou a vida: "nunca vi um vencedor em uma discussão". Na discussão há inimigos a vencer. Na divergência e discordância há amigos para desfrutar.
Marcos Inhauser
DEUS FALOU COMIGO!
Há um mandamento entre os dez, que diz que não é para se tomar o nome de Deus em vão. Que me perdoem os puristas e fundamentalistas, mas o lugar onde o nome de Deus mais tem sido tomado em vão é nos templos e nos testemunhos.
Vamos por partes. Há gente dizendo que viu Deus. Nem na Bíblia se afirma que alguém viu a Deus. Jacó não viu a Deus como um homem, nem Abraão quando viu os três homens nos carvalhos de Mamre. A teofania do Sinai é apresentada como evento coberto de nuvens e névoa. O texto diz que era proibido ao povo levantar os olhos e ver. A Bíblia nunca diz que Moisés viu a Deus, mas somente que ouviu Deus falando e que lhe falava face-a-face. No Tabernáculo, o que o povo vê é uma coluna de fumaça. O profeta Elias, quando quis ver a Deus, enfiado na caverna, descobriu que ali não estava o Senhor: “passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; e, depois do terremoto, um fogo; porém o Senhor não estava no fogo; e, depois no fogo, uma voz mansa e delicada." (1Rs 19.11-12).
O segundo aspecto é que, ainda que haja afirmações inúmeras de que Deus falou a muitos, tenho para comigo que tem havido muita mistificação neste terreno. Com frequência que raia à banalidade, ouço gente dizendo que o “Senhor me falou”, “tenho uma palavra do Senhor para você”, “o Senhor confirmou na palavra” e por aí afora.
Algumas coisas me intrigam nestas “revelações”. A primeira delas é a obviedade. Para dizer o que se diz que Deus está dizendo, não preciso de revelação. Se leio e estudo a Bíblia, lá está. A segunda é a generalização e falta de especificidade das mensagens (citando as que me trouxeram como revelações): “o Senhor me revelou que Ele tem uma grande benção guardada para você, basta você crer”; “o Senhor vai te abençoar muito no seu ministério”; “não tema porque o Senhor está contigo, assim me revelou o Senhor”; e coisas deste estilo. Houve quem me tivesse dito que o Senhor havia revelado a ela que Ele me daria muita prosperidade. Nesta acreditei e estou esperando até hoje!
Terceiramente (para usar o Odoriquês), há os que não fazem absolutamente nada sem consultar algum “profeta”. Para arrumar ou mudar de emprego, comprar ou mudar de casa, arrumar namorado, comprar um sorvete, lá vão eles para os “ouvidores de Deus” para ter a resposta do profeta”. Estes “ouvidores” se transformam em oráculos e com isto manipulam e domesticam as pessoas.
Confesso que Deus tem me falado em coisas triviais, na natureza, nas músicas (até mesmo nas seculares), em alguns filmes, no sorriso de uma criança, no gesto de solidariedade, na face do próximo. São coisas minhas e não tenho autorização para me julgar melhor que ninguém porque isto tem acontecido. Antes, pelo contrário, tenho “enfiado a viola no saco e matutado muito, assuntado sobre Deus, e quanto mais penso nEle, mais vontade tenho de ficar quieto e guardar para mim estas coisas. Mesmo porque, quando ouso compartilhar algumas reflexões sobre textos bíblicos, surgem “os auditores da reta doutrina e interpretação” e me taxam como herege.
Marcos Inhauser
9/09/2021
FILHOS CORRUPTOS
Trago à reflexão os fatos sobre a vida do sacerdote Eli e seus filhos, Hofni e Fineias: “Os filhos do sacerdote Eli não prestavam e não se importavam com Deus, o SENHOR. Eles não obedeciam aos regulamentos a respeito daquilo que os sacerdotes tinham o direito de exigir do povo. Quando um homem estava oferecendo o seu sacrifício, o ajudante do sacerdote vinha com um garfo de três dentes. E, enquanto a carne estava cozinhando, ele enfiava o garfo dentro da panela, e tudo o que o garfo tirava ficava sendo do sacerdote. Era costume fazer isso todas as vezes que um israelita ia a Siló para oferecer sacrifícios. Mas, antes mesmo de a gordura ser tirada da carne e queimada, os filhos de Eli mandavam que o ajudante do sacerdote fosse e dissesse a quem estava oferecendo o sacrifício: “Me entregue um pedaço de carne para o sacerdote assar. Ele não vai aceitar de você carne cozida, mas só carne crua.” E, se o homem respondia: “Deixe que a gordura queime primeiro, depois você pode tirar o que quiser”, o ajudante do sacerdote dizia: “Não. Entregue logo essa carne. Se não, eu a tomarei à força.” Assim os filhos de Eli tratavam com muito desprezo as ofertas trazidas a Deus, o SENHOR. Para o SENHOR o pecado desses moços era muito grave.” (ISm 2:12-17)
“Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca lhe será expiada a iniquidade, nem com sacrifício, nem com oferta de manjares. (ISm 3:12-14)
“Eli já estava muito velho. Ele ouvia falar de tudo o que os seus filhos faziam aos israelitas e também que eles estavam tendo relações com as mulheres que trabalhavam na entrada da Tenda Sagrada. Então Eli disse: —Por que é que vocês estão fazendo essas coisas? Todos me falam do mal que vocês estão praticando. Parem com isso, meus filhos! Eu estou ouvindo o povo do SENHOR Deus dizer coisas terríveis a respeito de vocês! Se uma pessoa peca contra outra, o SENHOR pode defendê-la. Mas quem pode defender aquele que peca contra Deus? Mas eles não ouviram o pai, pois o SENHOR havia resolvido matá-los. (ISm 2:22-25)
“Então um profeta procurou Eli e lhe deu esta mensagem de Deus, o SENHOR: —Eu me revelei ao seu antepassado Arão quando ele e a sua família eram escravos no Egito. Você sabe que eu os escolhi, entre todas as tribos de Israel, para serem meus sacerdotes, servirem no altar, queimarem incenso e usarem o manto sacerdotal na minha presença. E dei a eles o direito de ficarem com uma parte dos sacrifícios queimados no altar. Por que é que vocês olham com tanta ganância para os sacrifícios e ofertas que eu ordenei que me fossem feitos? Eli, por que você honra os seus filhos mais do que a mim, deixando que eles engordem, comendo a melhor parte de todos os sacrifícios que o meu povo me oferece? Eu, o SENHOR, o Deus de Israel, prometi no passado que a sua família e os seus descendentes me serviriam para sempre como sacerdotes. Mas agora eu digo que isso não vai continuar. Pois respeitarei os que me respeitam, mas desprezarei os que me desprezam. Olhe! Está chegando o tempo em que eu matarei todos os moços da sua família e da família do seu pai para que nenhum homem da sua família chegue a ficar velho. Você passará dificuldades e terá inveja de todas as coisas boas que vou dar ao povo de Israel, mas ninguém da sua família chegará a ficar velho. Deixarei vivo apenas um dos seus descendentes, que será meu sacerdote. Mas ele ficará cego e perderá toda a esperança. E todos os seus outros descendentes morrerão de morte violenta. Hofni e Finéias, os seus dois filhos, morrerão no mesmo dia, e isso será uma prova para você de que o que eu disse é verdade. Escolherei para mim um sacerdote fiel, e ele fará tudo o que eu quero. Darei a ele descendentes que sempre estarão a serviço do rei que eu escolher. E todos os outros descendentes de você que, por acaso, ficarem com vida terão de se curvar diante do rei para pedir dinheiro e comida e implorarão para ajudar os sacerdotes, a fim de terem alguma coisa para comer. (Sm 2:27-36)
Os filhos do sacerdote cometiam o pecado de roubar dos ofertantes uma parte indevida. Era uma antiga versão da rachadinha sob a visão complacente do sacerdote.
Marcos Inhauser
CRIST-IDOLATRIA
O arcebispo Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz em 1984 tem presença na mídia, mas não dirigindo programas evangelísticos sensacionalistas de TV, vendendo bíblias, livros, DVDs, ou recitando o número da conta para depósito. Também não é o fundamentalista esbravejando no Congresso, transpirando arrogância e prepotência em nome da fé. Sua imagem e sua história estão ligadas as lutas pacíficas por igualdade social e racial, pela dignidade do ser humano, pela tolerância e pela paz.
Tutu não tem medo de debates em torno de tema delicado. Para ele, há uma insistência milenar do ser humano em se arvorar como “dono da verdade”. Quando escreve que Deus não é cristão, o arcebispo que é cristão, faz questão de ressaltar que a obra é contra o cristianismo, mas uma forma franca de mostrar que Deus transcende todo e qualquer conceito, a partir de ritos religiosos, esteriótipos ou dogmas.
Na infância aprendemos sobre a existência de Deus, realidade da morte e a alma que sobrevive à morte. Depois, nos deparamos com o Deus do medo: “Deus está vendo, menino...” Ao longo da vida, nossos conceitos sobre Deus vão sendo ampliados e amplificados. Formamos conceitos e eles nos formatam e tendem a exclusivisar Deus. Com eles construímos caixas e cercas e nelas colocarmos Deus. Você já observou que cada igreja ou religião que surge alega ter a última revelação de Deus? Cada uma delas é uma expressão tragicômica deste encaixotamento de Deus.
Transformamos o cristianismo movimento em instituição e colocamos Deus preso aos conceitos que formamos sobre Ele em nosso imaginário de dogmas, definições e tradições. Deus é Deus! Está muito além das linhas que traçamos em nosso cristianismo convencional. Deus está muito além das milhões de definições sobre Ele.
Quando João, no Apocalipse, tenta definir o Deus que viu diz apenas: “... e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.” (Ap 4:3) Ele descreve a grandeza e majestade de Deus, mas não encontra palavras para definir aparência ou traços de fisionomia.
O que é idolatria? É a tendência a definir Deus, encaixotá-lo, estabelecer limites para Ele, construir ideias fechadas sobre a Sua ação na história e arriscar respostas fechadas. Tome cuidado com aqueles que julgam ter resposta para todas as questões existenciais, filosóficas, religiosas e espirituais. Jean Jacques Rousseau foi ateu até que creu em Deus. Seus discípulos perguntaram-lhe por que mudou e ele respondeu: “Rendí-me a Deus porque todas as vezes que tentei entendê-lo Ele escapou do meu entendimento.” Os discípulos estranharam: “Mas se não conseguiu entendê-lo, aí é que deveria sustentar com mais convicção o ateísmo.” Ele contra-argumentou: “Se eu conseguisse entender Deus, Ele não seria mais Deus. Como Ele escapa ao meu entendimento a cada vez que me aproximo dEle, Ele é Deus!”
CIDADES DE PAZ
Estava na República Dominicana para a Conferência de Igrejas Históricas da Paz, que reúne as três famílias denominacionais de igreja que, historicamente, tem trabalhado pela paz: a Irmandade, os Quáqueros e os Menonitas.
Gente vinda de 19 países se reuniu naquilo que foi o berço da mal denominada colonização da América, quando em 1492, os espanhóis chegaram e se esparramaram pelo Continente, levando a cruz e a evangelização, e com ela a violência e a exploração.
Nesta terra das Américas muito se fez que atentou contra a paz, nos níveis individuais, familiares, sociais, religiosos. Ouro foi levado aos montes para a Europa e populações inteiras de indígenas foram dizimadas, como o que ocorreu em Cuba e República Dominicana, e outros poucos sobraram em outros países.
Nesta América se teve a primeira nação livre e negra, o Haiti, formada por escravos que haviam sido trazidos para as plantações de cana. Chama atenção o fato de, no que pese o fato de ser a mais antiga nação livre da América e quase totalmente negra, é até o hoje a mais pobre desta América. Não posso deixar de mencionar que sempre achei que esta situação se deve à discriminação racial que se fez e faz em relação a esta nação. Lembro-me de haver sobrevoado o Haiti muitas vezes (talvez mais de dez vezes, sempre durante o dia) e me definhava o coração não ver florestas. Ficava com a impressão de estar sobrevoando o deserto.
Uma coisa me chamou a atenção: o nível de violência nas cidades latino americanas, os mais altos do mundo. Em parte isto de deve ao tráfico, em parte à corrupção, em parte a uma cultura de violência em que fomos criados e que se perpetua nos meios de comunicação. Mas não poderia deixar de mencionar e ressaltar que também isto se deve à omissão das igrejas que tem pregado um evangelho alienante e alienado, insistindo na salvação das almas e na prosperidade mágica, mas deixando de lado o cerne de que o evangelho é boa nova de paz.
João Driver, teólogo latino americano que tem se notabilizado por sua contribuição sobre a teologia da paz, afirmou nesta Conferência: “se o que pregamos não é o evangelho da paz, não pregamos evangelho algum”. E esta paz não é só a paz com Deus, mas a paz que se estende ao próximo e estabelece novas relações, elimina barreiras, quebra inimizades, perdoa ofensas e dívidas.
Queremos que nossas cidades tenham paz e para tê-la precisamos pregar a paz que o evangelho traz, perdoar e restabelecer relações. Não é uma questão de prosperidade: é uma questão de acabar com a inimizade, com ódio, com a violência. Pregar e trabalhar pela paz é não dar espaço para discursos de ódio, de divisão de golpe. A palavra “evangelion” no grego é anúncio da paz, as novas de paz.
Sejamos pacificadores!
Marcos Inhauser
9/02/2021
CONSERVADORISMO
Uma das características das religiões e igrejas é a confessionalidade, determinada pelo conjunto de doutrinas que a denominação ou religião estabelece como sendo a verdade. Esta doutrina teórica é ensinada através de Catecismos que os aprendizes devem memorizar, repetir e recordar. Ora, ao fazer isto, a igreja conserva o mesmo, as mesmas verdades que foram pronunciadas há séculos por algum iluminado, seja Agostinho, Aquino, Lutero, Calvino, Zwinglio, Wesley ou qualquer outro.
A preeminência desta Confissão é tão grande que pode suplantar a Bíblia. O Código de Disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil, no Capítulo II, quando trata das faltas, no Art.4º, Parágrafo Único – “Nenhum tribunal eclesiástico poderá considerar como falta, ou admitir como matéria de acusação aquilo que não possa ser provado como tal pela Escritura, segundo a interpretação dos Símbolos da Igreja”. Percebe-se assim que só é falta (pecado) aquilo que é previsto nos Símbolos da Igreja (Confissão de Fé, Catecismos Maior e Menor).
A memória, a recordação preservam o passado e este é imutável. Não se muda o que já aconteceu. Ao fazer esta retro-oculatra, as igrejas perdem o sentido de uma resposta ao presente, preferindo a saudade de tempos idos. A recordação tem algo de opressora: ela não permite a novidade, a descoberta, a criatividade. Ela congela o pensamento e nega o diferente. Ao assim proceder, entroniza o passado como verdade absoluta e demoniza o presente e os sonhos de futuro melhor como demoníacos.
Não é para menos que os profetas tenham sido mortos, torturados, serrados ao meio. No dizer do escritor de Hebreus: “Todos esses morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas, declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo. E aqueles que dizem isso mostram bem claro que estão procurando uma ... Não ficaram pensando em voltar para a terra de onde tinham saído. Se quisessem, teriam a oportunidade de voltar. Mas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles.” (Hb 13:12-16).
Para a religiosidade ortodoxa, ciosa das verdades que sustenta há séculos, os pregadores de alternativas, os promotores de perguntas, os questionadores devem ser liquidados, taxados de hereges, queimados no fogo da Inquisição.
Nada mais fácil que taxar alguém que pensa de herege, apóstata. Não há lugar para os profetas! A função do ministério profético é manter juntos o espírito crítico e a ação. É na dialética entre crítica e ação que nos tornamos fiéis a Deus. Optar por um ou outro é cair nas armadilhas do progressismo e do conservadorismo.
Marcos Inhauser
ESTADO ESQUIZOFRÊNICO
Não é de hoje que falo, escrevo e protesto contra o Estado brasileiro nos seus diversos níveis. Há nele um aperfeiçoamento célere quando s...
-
Não é de hoje que falo, escrevo e protesto contra o Estado brasileiro nos seus diversos níveis. Há nele um aperfeiçoamento célere quando s...
-
Estava tomando um café, em visita a meus pais. A certa altura perguntei: ― Pai, o senhor tem notícias do Fulano e da Beltrana? — Há t...
-
Dona Elpídia: eu a conheci na Igreja Presbiteriana de Jaú. Já idosa, com ela fui visitar vários membros da igreja. Ela tinha o dom do serv...