Ele se manifesta de múltiplas formas: constantes afirmações da sua incapacidade, incompetência, inabilidade que se estendem a várias áreas de atuação. Pode ser notado nas constantes declarações sobre o corpo, boca, nariz, orelhas, com afirmações constantes de que eu “sou feio/a”, “ninguém gosta de mim”, “não sou notado/a”, “ninguém olha para mim”, “não consigo namorado/a”, etc.
Uma característica é que, na quase totalidade dos casos, ele é inconsciente e a pessoa portadora de tal complexo que não aceita que o tenha. Nestes casos se percebe outro comportamento que quero desenvolver: o auto afirmativo.
Ele/a tem o complexo de inferioridade, mas para que ninguém perceba seus “defeitos” ele/a se produz para esconder o que acha feio (penteados para cobrir as orelhas, uso de batom para aumentar ou diminuir os lábios, evita roupas sem decote para não mostrar o colo que é feio, roupas que escondem a magreza ou a gordura), penteados exóticos para chamar a atenção, decorações no corpo, precisa dizer constantemente que é excelente no que faz, se antecipa ao possível elogio elogiando-se.
Estes comportamentos, no mais das vezes, são arrogantes, porque, para se sentir igual ou superior, extravasam nas afirmações da beleza, acham que o que fazem é o melhor, sempre se colocam como exemplo (frase característica: “eu, por exemplo ...”). Nas redes sociais sentem a necessidade opinar sobre tudo o que veem, nas conversas em roda de amigos quase sempre “precisam falar” porque o silêncio é uma forma de não serem notados/as.
A linha divisória entre este comportamento narcísico é muito tênue. Ambos são arrogantes, petulantes. Conviver com estas pessoas exige dose dobrada de paciência e muita graça de Deus.
Marcos Inhauser
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