2/15/2022

ELAS FORAM BENÇÃO!

Dona Elpídia: eu a conheci na Igreja Presbiteriana de Jaú. Já idosa, com ela fui visitar vários membros da igreja. Ela tinha o dom do serviço. A cada casa que visitávamos (quase sempre de alguém com problemas de saúde), ao invés de ficar na sala, ela ia para a cozinha e tentava descobrir algo em que pudesse prestar seu serviço. Ora era uma louça que lava, outra uma roupa que estava no tanque, ou o café que fazia para que a visitada não se preocupasse com este pormenor da educação.

Seu Pedro: eleito diácono da Igreja Presbiteriana de São Carlos, era prestativo em tudo quanto lhe fosse pedido. Tanto que a Igreja deu a ele um salário para ser diácono de tempo integral. Ele ia trocar lâmpada na casa de senhoras idosas, consertar ferro elétrico, chuveiro, liquidificador ou outro eletrodoméstico que estivesse ao seu alcance.

Lauro: da então Congregação Presbiteriana de Barra Bonita, foi amigo em todas as horas. Sempre preocupado em servir e pensar no próximo, morreu em um acidente de ônibus quando, para que atendessem a uma jovem que também estava no ônibus, pediu que a atendessem em seu lugar. Ele não resistiu.

Dona Blandina: da Igreja Presbiteriana da Vila Espanhola, SP, vivia em uma casa que pertencia à Santa Casa por não ter condições de pagar aluguel. Sempre tinha um sorriso e um cafezinho quando a visitava. Quando soube que minha esposa era pianista e que ela não tinha um piano, acionou uma sua conhecida, XXX, que ofertou o dinheiro para que comprássemos um usado.

Mãe Isolina: da Igreja Presbiteriana Ebenézer, SP, que me acolheu quando me converti, abriu sua casa e todos os domingos me levava para almoçar, por saber que não teria almoço, o que só socorria nos dias de semana, no trabalho. Foi madrinha no meu casamento. Passei a chamá-la de mãe e meus filhos de vovó. Foi um esteio para nós no início do ministério pastoral.

Irene: da Congregação Presbiteriana de Barra Bonita, quem cedeu sua empregada por alguns meses, quando nasceu a nossa terceira filha. Para nos ajudar e porque tinha fazenda, todos os dias trazia um latão de leite fresco.

Dona Sebastiana: da Igreja Presbiteriana de São Carlos, com sérias dificuldades para andar e se dispôs a ter um telefone na cabeceira da cama e orar por quem ligasse e pedisse oração. Fez disto um ministério que a tornou conhecida na cidade e muitos passaram a frequentar a Igreja porque vieram para conhecer a Dona Sebastiana.

Vó Olga: extremamente dedicada aos netos, mudou-se para viver com alguns deles enquanto cursaram faculdade. Queria que tivessem todo o cuidado e comida caseira. Adotou meus filhos como seus netos e tinha habilidade de fazer com que comessem de tudo e tudo o que se colocasse no prato.

Marcos Inhauser

 

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