A origem latina da língua portuguesa deve a ela muitos dos prefixos que usamos nas palavras. Há quem afirme que são 42 os empréstimos feitos: ab, a, ad, ante, bi, cis, de, des, dis e assim por diante.
O prefixo “in” é de negação: imbatível, invencível, incorrigível, inconveniente, inexorável, indulgente, indelével, inusitado inenarrável. E outras mais de 900 palavras. No caso do título desta postagem há algumas nuances a serem consideradas. Uma coisa inacreditável, tem, no sentido popular, o sentido de algo extraordinário, excelente. É inacreditável porque é difícil de acreditar, dada à excelência do feito.
Mas, no seu sentido etimológico, significa alga que não se deve acreditar, que não se pode acreditar, pois fazê-lo seria erro. A mentira explícita deve ser inacreditável, porque é mentira. Dizer que a Amazônia não pega fogo porque úmida é inacreditável porque os fatos mostram que tal afirmação é mentirosa.
Afirmar que a terra é plana é inacreditável, porque todas as evidências e provas físicas mostram o contrário. Afirmar que o ser humano só existe há pouco mais de seis mil anos é inacreditável, porque, ainda que se tome a cronologia bíblica ao pé da letra (desprezando o caráter qualitativo de muitos números bíblicos), as provas científicas mostram esqueletos humanos com mais de 15.000 anos.
Marcos Inhauser
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