É clássico o texto do evangelho de João que afirma: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44). A palavra proferida a certos judeus que creram em Jesus e que argumentavam que eram filhos de Abraão e, portanto, tinham status espiritual privilegiado.
A sentença mordaz feita por Jesus é, pois, dirigida a quem creu e ela tem um elemento: “quereis satisfazer os desejos do diabo”. Como estavam satisfazendo os desejos do diabo? Incentivando o homicídio e mentindo.
Esta assertiva de Jesus tem uma questão central: quem crê n´Ele não pode incentivar e nem praticar o homicídio, nem pode proferir mentira ou incentivá-las, porque mentir é próprio do diabo. Jesus foi curto e direto. Não deixou lugar a dúvidas. Quem incentiva o homicídio (afirmando que só morreram um punhado e que muitos mais deviam ter morrido, que bandido bom é bandido morto, e outras mais) é do diabo, assim que tenha se batizado, assista cultos, pregue, ministre a ceia, etc.
Quem mente e faz da mentira uma prática de vida é do diabo. É verdade que estudos feitos mostram que todos mentimos. Robert Feldman, Professor de psicologia e decano da Faculdade de Ciências Sociais e do Comportamento da University of Massachusetts Amherst, em pesquisas que fez encontrou que mentimos, no mínimo, duas vezes ao dia. Em outra pesquisa se descobriu que o índice seria de três inverdades a cada dez minutos de conversa.
Pesquisas mostram que o defensor do axioma “conhecerei a verdade e al vos libertará, fez 1682 declarações não verdadeiras só no ano de 2020.
Há incoerência entre o lema de campanha e a prática de governo.
Marcos Inhauser
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