Minha sogra era uma mulher de oração. Todos os dias ela se ajoelhava ao lado da cama e orava por nós. No dia em que faleceu, recebida a notícia, saímos em viagem para o sepultamento pois ela vivia a 400 milhas. No meio do caminho nosso carro parou com sério problema mecânico. Ele foi guinchado e tivemos que terminar a viagem de outro jeito. Foi quando um de nossos filhos disse: “as orações da vovó começaram a fazer falta!”
Paulo e Timóteo, escrevendo aos Colossenses, afirmam que incessantemente oravam por eles. Tudo indica que Paulo era homem de oração e assim discipulou a Timóteo. O interessante é que, lendo a carta que escreveram, só falam de coisas boas entre os colossenses, trazem algumas orientações práticas para vida em comunidade, mas terminam pedindo que sejam persistentes na oração (4:2).
Uma das coisas que noto nas igrejas é que se pede oração pelos problemas, doenças, crises existenciais. Quando, insistindo, se pede que apresentemos os motivos de gratidão e louvor a Deus, é enorme a dificuldade em fazê-lo. É verdade que também devemos orar levando a Deus nossas ansiedades. Na carta aos Filipenses Paulo orienta a apresentar a Deus as petições e ansiedade (Fp 4:6).
Na prática parece que a oração só serve para levar a Deus nossos problemas e ansiedades, mas pouco nos preocupamos em adorar, agradecer e abençoar. A adoração, o louvor, a gratidão, o abençoar devem fazer parte integrante e tão presente quanto nossos pedidos. Há nisto algo que precisamos trabalhar em nossas vidas: ser gratos e mencionar isto em oração. Devemos fazê-lo não no atacado (“te agradecemos Deus por todas as bençãos), mas fazê-lo nominalmente, mencionando explicitamente o que estamos agradecendo, ou louvando ou abençoando.
Que Deus nos ajude a orar sem cessar na plenitude das possibilidades da oração.
Marcos Inhauser
Nenhum comentário:
Postar um comentário